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Lisboa terá a sede da agência europeia de empreendedorismo

A European Startup Nations Alliance (ESNA), aliança das nações europeias para o empreendedorismo, irá a instalar sua agência na cidade após consenso de 27 países


5 de novembro de 2021 - 11h42

(Crédito: Shutterstock)

Durante o Web Summit, Lisboa se transforma no centro do universo tecnológico criativo do mundo. Agora esse cenário vai ficar ainda mais intenso com a European Startup Nations Alliance (ESNA) – aliança das nações europeias para o empreendedorismo, a instalar sua agência na cidade após consenso de 27 países. A ideia é apoiar a Europa para que se torne o principal ecossistema global de startups. Essa nova agência será erguida na região onde acontece o Web Summit, o Parque das Nações.

Embora o governo português tenha avaliado como fraco o impacto do evento na economia nacional, é preciso ressaltar que em Lisboa foi um caso a parte. As ruas estiveram cheias, assim como bares, restaurantes e seus hotéis que abrigaram 40 mil participantes de 128 países. Pode ser pouco para o governo, mas para o mundo da tecnologia é um número e tanto, sobretudo no regresso do confinamento. Além do mais, é uma lufada de ar nas empresas que buscam investimento para transformar ideias em cases de sucesso.

No terceiro dia do evento, no intervalo das calls cotidianas, fui ouvir Chris Cox, CPO da Meta (Facebook, Instagram e WhatsApp), sobre o Metaverso. Antes de abordar esse tema, e a fazer comentários sobre a recente crise vivida pela empresa com os ataques ao seu algoritmo, ele disse que já gastaram neste ano cinco bilhões de dólares para manter as pessoas seguras. Afirmou que não são perfeitos, precisam realmente melhorar em vários pontos e que a regulação digital pode ajudar a corrigir alguns deles.

Já sobre metaverso, disse que estão falando sobre isso desde os anos 1990, e que a maneira mais fácil de olhar para esse projeto é vê-lo como uma internet menos plana. Dando uma pista muito vaga, Cox revela que o objetivo deles passa pela criação de uma plataforma de realidade virtual e aumentada, que permitirá aos seus utilizadores a interação com outras pessoas em um espaço vitual.

Com a computação se tornando mais imersiva, o CPO afirma que não podemos imaginar um futuro em que continuemos a olhar uns para os outros através de pequenas caixas. O passo seguinte será, ao contrário do que ocorre na vídeoconferência, os participantes poderão falar simultaneamente uns com os outros fazendo uso de linguagem corporal como ferramenta importante que é de comunicação.

Porém, a grande vantagem, destaca Chris Cox, é a possibilidade de os participantes poderem falar uns com os outros em simultâneo e usar a linguagem corporal como ferramenta de comunicação adicional. Além de áudio espacial, que significa poder falar uns por cima dos outros e, ainda, fazer uso das mãos. Pude sonhar com uma mini projeção holográfica, mas ele não foi tão longe assim porque alega ainda ser necessários alguns anos até que seja possível generalizar sua utilização, embora a empresa já tenha disponibilizado um pacote de 50 milhões de dólares para apoiar investigações acadêmicas e científicas sobre o metaverso.

O CPO do Facebook afirma que há muita gente a analisar minuciosamente e a criticar o projeto mesmo sem conhece-lo, mas acredita que isso seja bom porque obrigará a discussão sobre regulação. E talvez ela seja mesmo o mais urgente a ser tratado para que possamos avançar em segurança.

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