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O futuro dos jogos

Dave Thier, da Forbes, conversou com Bozena Rezab, da Gamee, e Dylan Collins, da SuperAwesome, sobre metaverso, jogos de blockchain e a segurança das crianças no mundo digital

Amanda Schnaider
4 de novembro de 2021 - 17h06

Dave Thier, da Forbes, conversou com Bozena Rezab, da Gamee, e Dylan Collins, da SuperAwesome, no último dia do evento (crédito: Divulgação/Web Summit)

O futuro dos jogos eletrônicos e o metaverso foram os tópicos abordados por Dylan Collins, fundador e CEO da SuperAwesome, e Bozena Rezab, cofundadora e CEO da Gamee, em conversa com Dave Thier, Freelance da Forbes, no último dia do Web Summit 2021. O conceito de metaverso, ou seja, um mundo 3D virtual compartilhado, não é um assunto novo para a comunidade gamer. Jogos mais antigos, como Second Life, ou mais recentes, como Roblox, já apostam nesse time de interação entre as pessoas. Essa tecnologia, porém, vem ganhando cada vez mais força, a partir do momento que Big Techs, como a Meta (ex-Facebook), entram na jogada.

Com a evolução desse cenário tecnológico e dos games, tanto Collins quanto Bozena estão trabalhando para encontrar novas ferramentas e estruturas para regular a forma como as pessoas interagem nesses espaços virtuais. A SuperAwesome, comandada por Collins, por exemplo, é uma empresa que constrói tecnologia para permitir que outras empresas interajam com segurança com audiências jovens. “A nossa missão, que originalmente era tornar a internet mais segura para as crianças, agora também é tornar o metaverso mais seguro para as crianças”, comentou Collins. Além de trabalhar para empresas como Epic Games, e jogos como Fortnite, Pokémon GO e Among us, a SuperAwesome também trabalha com anunciantes e agências para tornar a publicidade também mais segura para as crianças nos jogos. “Também trabalhamos com muitas marcas e agências, para que eles possam entregar anúncios seguros nessas experiências de jogos, levando receita para os criadores, mas também garantindo que as crianças nunca vejam o tipo errado de publicidade”, descreveu.

Já a Gamee é uma plataforma de jogos com tecnologia blockchain, que reconhece a habilidade, o esforço e a lealdade do jogador e o recompensa com dinheiro de verdade. Segundo Bozena, a Gamee começou com a ideia de conectar as pessoas através dos jogos e foi evoluindo com o tempo para este modelo de recompensa que é hoje. “Achamos um parceiro estratégico, Animoca Brands, que é um líder em blockchain gaming. E começamos a olhar: como podemos usar isso para nos levar a outro nível? E neste ano, lançamos a nossa moeda dentro do jogo, dois dias atrás lançamos nossos personagens baseados em blockchain”, reforçou a CEO. Bozena ainda explicou que passaram a atuar dessa forma justamente porque acreditam no poder que a empresa tem de dar direitos de propriedade digital para jogadores, para que eles realmente possuam a moeda do jogo e os personagens do jogo. “Estamos olhando para a tecnologia que pode mudar o jogo novamente, que é o blockchain”, complementou.

A CEO da Gamee explicou que quando se fala de blockchain, o novo nível disso, é a posse. “Isso vem com o conceito econômico e financeiro de que quando você possui uma coisa discutir o que vai fazer com isso. Vimos em vários jogos que você pode, não só, comprar, mas também pode negociar com outros, pode alugar e pode compartilhar os resultados”, afirmou, reforçando que ao mesmo tempo em que isso é uma oportunidade enorme para os criadores, é também um pouco assustador. “Os jogos têm que ser projetados com uma mentalidade bem diferente”, disse. Além disso, Bozena ressaltou o caráter descentralizador do blockchain.  “Não precisa ser uma entidade que decide as regras, pode ser a comunidade, porque é potencializada por contratos inteligentes. Você não precisa de uma autoridade central para decidir tudo”, declarou.  

Por fim, Collins, da SuperAwesome, destacou que quando se pensa em metaverso e nos jogos de blockchain, se chega ao mesmo ponto: “Está se tornando uma oportunidade para nós pensarmos em tudo que não deu tão certo nos últimos 20 anos de internet e arquitetar isso no futuro, seja através de contratos mais inteligentes ou pensar nas crianças como o coração do que será o futuro”, afirmou.

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