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Se a primeira impressão é a que fica, temos boas notícias

Depois de quase dois anos em evento virtuais,


3 de novembro de 2021 - 16h00

(Crédito: NurPhoto/GettyImages)

Enfim teve início a tão aguardada edição do Web Summit, um dos maiores eventos do mundo no sobre tecnologia e inovação, retomando seu formato presencial. Ao todo, 42751 curiosos de 128 países estão em Lisboa neste momento buscando respostas, mostrando teorias e soluções para alguns dos 35 temas que vão de sustentabilidade, saúde, moda, futuro do trabalho, inteligência artificial, machine learning, robótica e muitos outros temas de impacto no cenário criativo e de negócios.

Depois de quase dois anos de restrições impostas pela pandemia, o FOMO (fear of missing out) é a sensação principal e generalizada. Corredores entre as 1333 seções de conteúdo, os seis pavilhões com grandes empresas e startups em diversas etapas de maturação. E o sotaque brasileiro prevalece (talvez porque falemos mais alto também).

No primeiro dia de palestras, uma surpresa bacana: Wolfgang Moeller, CMO da Mast-Jägermeister, conta o backstage do #savethenight – iniciativa global lançada em 2020 pela tradicional produtora de destilado alemã com o objetivo de apoiar comunidades noturnas em todo o mundo. Para levar a iniciativa ao próximo nível, a marca conta com a paixão dos fãs da vida noturna.

A bebida de balada, como todos que trabalham na indústria de entretenimento, teve a opção de “senta e chora” ou “vai pra cima” e transformou a crise em super oportunidade. Percebendo que os personagens da noite estavam machucados com os lockdowns, lançou a campanha suportada pelo universo virtual, para ajudar músicos a agendar shows particulares, masterclasses de drinks e todos os tipos de transmissão de conteúdo possível pela internet. Hackatons foram realizados em que os desenvolvedores pediam para não ensinar sobre a noite, mas dar suporte para as soluções que eles iam encontrando pelo caminho. E assim foi feito e assim foi um sucesso.

Outra conversa legal foi com o prefeito de Lisboa, Carlos Moedas. O Summit é conhecido pelo peso político que carrega. Empossado há duas semanas, com inglês perfeito e linguagem empresarial, ele subiu ao palco sem nenhum assessor, explicou que a situação da greve de metrô da manhã, que atrasou todo o evento, e pediu desculpas. Também pontuou o que tem em mente para manter parte dos startupeiros na cidade portuguesa e falou como um COO que tem o objetivo de transformar Lisboa em polo Tech na Europa.

Como esperado, a palestra mais lotada, que tomou quase que a totalidade dos 6500 lugares da sala, foi com a atriz Amy Poehler, fundadora da Amy Poehler’s Smart Girls, canal do youtube com dicas para mulheres. Além da entrevista de celebridade, ela levantou sua bandeira de empoderamento de meninas para o empreendedorismo.

O lineup está muito interessante, os pitches das startups e estrutura disponível para o desenvolvimento delas também, mas o fato de ser presencial é o buzz do momento. Network de verdade, todas as atividades que sugerem cooperação como totens de opinião, meetups, plataformas de agendamento e tudo que foi desenvolvido durante a pandemia está sendo utilizado para interatividade humana. E apesar da chuva, da greve dos metroviários, das máscaras obrigatórias e das gigantes filas para alimentação, nunca vi um evento tão grande com tanta gente tão feliz.

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