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“Hey Alexa! Estamos a serviço da tecnologia ou ela a nosso serviço?”

Estamos cada vez mais imersos na tecnologia que está a nosso serviço


3 de novembro de 2021 - 16h10

A pauta do Web Summit segue sob o questionamento dos impactos da tecnologia em nossas vidas, muito mais do que discutir a tecnologia em si. Dos gadgets aos dados estamos imersos 24/7 em soluções tecnológicas que sequer podemos imaginar, mas muitas outras procuramos para de alguma forma facilitar as nossas vidas.

Algo latente nas conversas sobre essa imersão tecnológica é o fato de vivermos a vida em busca de 15 minutos de fama, mas estamos chegando ao tempo de buscarmos 15 minutos de paz virtual (Créditos: Divulgação)

Tom Taylor, CTO da Amazon trouxe ao palco central da conferência as novidades sobre a Alexa, assistente de voz que já domina os lares mundo afora junto com outras vozes amigas que já fazem parte de nossas famílias. Entre as novidades de produto, pode-se destacar a parceria com a Disney, onde a partir do comando ‘Hey, Disney’, você terá acesso a uma série de serviços da gigante do entretenimento, mas o mais surpreendente, apesar de fazer total sentido, é o caminho de deixar de ser necessário darmos o comando de voz e as assistentes se tornarem imersivas. Ou seja, se todo dia às 8h da manhã eu peço as notícias do dia, por exemplo, ela passará a me entregar as notícias justamente por conhecer meus hábitos.

Ainda no universo dos gadgets, Peggy Johnson, CEO da Magic Leap trouxe ao palco mais um ponto interessante, hoje passamos horas do nosso dia olhando través (ou para) a tela de nossos celulares e isso sim nos leva ao fim do convívio
social enquanto estamos buscando solução em outras dimensões, aquecendo as conversas sobre metaversos, a saída da companhia é trazer a tecnologia a literalidade do imersivo, em vez de olharmos para as telas, elas passam a integrar
os nossos ambientes. Estaremos em reuniões sociais, porém visualizando informações em realidade mista, em uma espécie de Minority Report.

O contraponto a isso tudo veio no talk de Fabien Riggal da Secret Cinema que questionou o uso excessivo das tecnologias e a quebra deste ciclo, iniciando a conversa com um pedido – “deixe seus celulares embaixo das cadeiras” causando o desconforto típico que nos leva a refletir sobre essa dependência. Questionando se queremos um mundo em realidade virtual ou se preferimos o futuro do entretenimento de forma física. Ele nos trouxe a experiência da sua plataforma, onde os celulares ficam em uma espécie de caixa blindada para evitar que você necessite dele durante a ação.

Algo latente nas conversas sobre essa imersão tecnológica é o fato de vivermos a vida em busca de 15 minutos de fama, mas estamos chegando ao tempo de buscarmos 15 minutos de paz virtual.

Por fim, mas talvez a mais importante do dia, é que a meta de que o festival, que reflete o mercado de tecnologia, foi enfim superada e chegamos a 50,5% de presença feminina no evento, que há anos incentiva essa participação através do programa women in tech. E para celebrar esse número e o que vem pelo futuro, fecho aqui com o a frase da Amy Poehler sobre a jovens meninas que estão a caminho das lideranças. “Acho que se lhes oferecerem o espaço certo, o espaço em que se possam se sentir livres e protegidas, podem se tornar as melhores versões de si mesmas”, e com certeza melhorando as nossas.

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