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A liderança que as martechs precisam é compassiva e humana

Black Lives Matter e Whistleblower Aid nos dão as primeiras pistas de futuros possíveis para que a tecnologia seja aliada da sociedade


2 de novembro de 2021 - 11h14

Ayọ (fka Opal) Tometi falou sobre o papel da tecnologia no movimento do Black Lives Matters (crédito: reprodução/websummit)

Há alguns meses conversava com uma amiga do mercado e falávamos sobre o sistema capitalista, seu funcionamento e as consequências de não medir efeitos escaláveis, nem de assumir que somos parte do problema que leva o mundo ao colapso social e ambiental.

Ayo Tometi, co-fundadora do movimento Black Lives Matter, me fez chorar algumas vezes nos 20 minutos que se direcionou à plateia do evento. Ela falou sobre o poder da ação e do respeito, alertou sobre quantas outros irmãos e irmãs ela representava ao subir no palco da Altice Arena e pediu coragem para que possamos desenhar um futuro compassivo e diverso. Foi de arrepiar.

Do outro lado, Frances Haugen, denunciante do Facebook e representante da Whistleblower Aid, voltou a lembrar que a gestão de Mark Zukerberg é ineficaz e vem colocando a integridade de sociedades inteiras em risco com os seus produtos e serviços. Mas foi positiva ao dizer que a empresa tem jeito e que pode voltar a ser uma poderosa ferramenta democrática. Eu não sei vocês, será que podemos pagar para ver?

Essas duas poderosas mulheres, cada uma numa ponta de poder da tecnologia, me fizeram concluir que no mundo das martechs ao qual faço parte, os modelos de liderança tóxica precisam deixar de ser replicados. Por isso gostaria de abrir um pouco a cozinha da Brunch porque quando escrevemos a conduta corporativa da empresa, escolhemos três pilares de gestão. E eles foram fortemente reforçados no dia de hoje, são eles: integridade, respeito e compassividade. 

A nossa integridade não admite que nossos interesses particulares estejam em conflito com os interesses da empresa, logo, não usamos cargos para favorecimento próprio ou de terceiros. Frances parece levar isso ao pé da letra e talvez seja um dos valores mais necessários para aqueles que trabalham com tecnologia e gestão de dados. Quanto vale nossa integridade?

Já o respeito é basal no nosso trabalho. Não toleramos nenhum tipo de preconceito que tente prejudicar, menosprezar ou diminuir a existência de qualquer pessoa. Práticas abusivas, pressões ou constrangimentos não têm espaço na nossa empresa. Valorizamos a diversidade e a riqueza cultural e corporativa que ela nos traz. Quando Ayo falava em respeito, me lembrava de todas as vezes que não aceitamos e nem toleramos situações de desrespeito com nossos talentos (45% são não-brancos) ou funcionárias (35% são não-brancas).

Por fim, a conduta compassiva lembra todos os dias em todas as relações, que do outro lado não está apenas uma pessoa jurídica, mas uma pessoa física que merece nosso respeito e valorização. Ayo e Frances reforçaram esses pilares para mim e gostaria de estendê-los para você que, assim como eu busca mais ações de impacto e menos intenção, porque como já diria o ditado:

De intenção…

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