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O que esperar além dos abraços?

O maior evento de tecnologia e inovação está de volta ao seu modelo presencial


26 de outubro de 2021 - 14h44

Depois de um ano e meio acompanhando os eventos de tecnologia, criatividade e inovação de forma remota, estamos nos preparando para a volta presencial dos grandes eventos. Confesso que estou ansioso. Principalmente por ser um evento que acompanho desde a sua primeira edição, em Lisboa, onde tenho um carinho imenso pelo ecossistema de inovação e pelo conteúdo do evento, sempre muito inspirador e impactante.

Foto da edição de 2019, que era presencial. A edição de 2021 marca a volta da Web Summit presencialmente (Créditos: Sam Barnes)

Mais do que uma jornada individual, volto co-liderando a Missão Brasileira de Design e Inovação, através do Institute for Tomorrow e em parceria com a Abedesign. Este ano, se junta a nós um grupo altamente qualificado de empresas de tecnologia, design, inovação, digital e mercados em busca de transformação após a reinvenção necessária nestes tempos difíceis. Representantes da Vidmob, Empathy, InHaus, Quadrante, Iosys, Alpargatas, ClearSale, T Group, Live Marketing, além de empresas onde seremos os olhos durante o evento, através da produção de conteúdo como a Diageo e a parceria com a Atlantic Hub e sua Missão de empreendedores através das Câmaras de Comércio Brasil – Portugal.

Além do evento, visitaremos empresas inspiradoras como Mercedes iO, Manicômio, A Praça, Farfetch, Feedzai, EDP, além de encontros com Made of Lisboa, Câmara Municipal de Lisboa, Startup Portugal, Startup Lisboa, Hub Criativo do Beato entre outros agentes deste ecossistema mais do que inspirador e ações de edutainment e relacionamento.

Isso faz com que eu exerça um dos meus mais recompensadores papéis, o de democratizar a informação e visão de futuros que tenho o privilégio de acessar atendendo a esses eventos e sendo integrante destas missões.

Assim, também vejo a evolução do festival, que há tempos já tem uma carga política forte, e não fala somente da tecnologia por si e sim dos impactos que ela causa nos futuros, e gerando conversas na tentativa de garantir que ela seja para empoderar o indivíduo e comunidades, ser inclusiva, diversa e democrática.

O que podemos notar no line up do evento, que abre suas portas para o público com uma discussão que promete dar o tom de toda a sua agenda, é que teremos como headliners Ayo Tometi co-founder do Black Lives Matter, que direcionou as conversas mundiais sobre a causa e nosso comportamento no último ano e Frances Haugen que recentemente denunciou o Facebook onde trabalhava e pediu ao senado americano que solicitasse a abertura do código do algoritmo da plataforma para minimizar os impactos da bigtech na influência do comportamento da população mundial.

Web summit, que foi palco das primeiras discussões sobre a necessidade de regulação das bigtechs, assim como berçário das ações que se tornaram as leis gerais de proteção de dados, segue atento a esses temas e dando palco e voz a seus atores, seja na luta política ou na aplicação destas novas regras em ações que impactam marcas e consumidores, como aguardamos ver no talk de Christopher, ex-funcionário da Cambridge Analytica que hoje atua como head de pesquisa do H&M Group e abordará o tema pela ótica do e-commerce e retail.

O impacto da tecnologia nas causas e transformações sociais reúne um casting mais do que especial que passa por Deborah Archer da ACLU, Siyabulela Mandela, jornalista africano em prol dos direitos humanos, neto de Mandela, Noella Musunka, da Malaika, a palestina Linda Sarsour e diversos representes de governos, instituições e organizações não governamentais em busca do bem social.

Esses novos tempos que pedem colaboração, refletem também em várias empresas e tecnologias que ganham espaço no evento, ampliando a cultura das comunidades criativas como Canva, Notion e a Vidmob, que inclusive ministrará um workshop em parceria com o TikTok, a J&J e a Sumol.

Veremos também muito sobre os modelos de trabalho após essa pandemia e, também, os impactos destes modelos na saúde mental, inclusive com discussões sobre o papel dos psicotrópicos nos dias de hoje para a população.

Nome badalado em outros festivais, John Maeda, designer e autor do report sobre as Tech Trends e seus impactos, aparece como novidade no festival para discutir esse impacto da tecnologia nos futuros. Assim como a indústria da comunicação anda discutindo a necessidade de controle e cuidado das notícias em relação às fake news, liberdade e economia digital e como vamos lidar com as tecnologias na produção de conteúdo, assim como a evolução dos modelos das agências, provocado em anos anteriores, e seus impactos no ecossistema dos anunciantes.

O evento conta ainda com mais de 1500 startups resilientes que voltam em busca de investimento e aceleração. E, como entusiasta do empreendedorismo, estou ansioso para ouvir esses empreendedores e seus desafios nestes tempos incertos.

O Brasil estará no palco do evento representado por Gabriel Braga, CEO do Quinto Andar, e Christian Roças, o Crocas, CEO do Porta dos Fundos. Além do já tradicional público cativo que visita o evento através de missões, startups e empreendedores.

Mas mais do que tudo isso, o que esperamos é a oportunidade de reencontro, reconexão, a volta ao contato humano – ainda com todos os protocolos de saúde e higiene – de reviver a capacidade de sonhar conjuntamente e cocriar através da sensibilidade empática de estarmos reunidos, e eu me comprometido a ser amplificador destas conversas a todos vocês.

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