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Mobile cresce, mas pode não ser uma boa notícia para as marcas

Esse é o principal alerta que a romena Mada Seghete, fundadora da Branch, fez na sua apresentação de tendências de mobile marketing em 2020


11 de novembro de 2019 - 8h54

Mada Seghete, fundadorada Branch (Crédito: Seb Daly/ Web Summit)

Do total de horas que um adulto americano passou conectado em 2018, 57% foi no celular, 32% em desktops/laptops e 11% em outros devices. Dez anos antes, mobile representava só 11%. E a tendência só aponta crescimento e indica que os apps ocupam um espaço importante no ecossistema. Tanto é que boa parte da pessoas na plateia da apresentação, admitiu estar trabalhando em algum projeto relacionado a eles, quando a Mada questionou.

A cultura do app está explodindo e os números da Branch mostram um retorno super positivo. Os usuários de apps gastam 20x mais tempo conectados do que visitantes de sites mobile. A conversão nos apps é 3x maior. E já representam 55% das transações de e-commerce. Com tanto numero positivo, só dá pra esperar a chegada de novos apps, super apps, apps de conteúdo, entre outros. E parece fazer o maior sentido que qualquer marca procure um espaço nesse negócio. Não exatamente, alertou a Mada. Isso porque é incrivelmente difícil fazer um app ganhar relevância na vida das pessoas. 77% do tempo é gasto nos top 3 apps. 96% nos top 10 apps. Ou seja, ou você está entre os mais usados, ou vai ter uma pequena parcela desse negócio.

Além disso, considerando que a web é um lugar de descobertas, onde as pessoas buscam conteúdos de interesse, a Mada chama atenção para o fato de que o Google não mostra conteúdo de app, então uma busca não vai mostrar coisas relevantes de dentro dele. E a Apple também não ranqueia esse conteúdo. Nessa dinâmica, app é válido, mas é fundamental partir da web e então converter, aproximar usando SEO e conteúdo, levar o prospect a um lugar específico e então colocá-los dentro do app quando fizer sentido na transação. Só assim ele tende a virar um usuário de verdade.

Outro ponto de atenção é a fragmentação. Ela vem de todos os lados, mais canais e plataformas, mais devices conectados (a expectativa é que serão 12), novos sistemas e tecnologias ganhando escala, como realidade aumentada e carro conectado e abrindo espaço para mais Apps e lojas específicas.

No final, o recado é que nenhuma marca pode ficar fora dessa explosão mobile, mas desenhar cuidadosamente a estratégia para ganhar alguma relevância nela, é fundamental. A Mada dá quatro conselhos para as empresas se prepararem. 1) Atue em vários canais, se espalhe, mas tenha apenas uma casa forte, uma propriedade, para ter mais controle. 2) Foque na conversão mobile, aquisição não é algo fácil de conseguir, e segundo o modelo Fogg Behavior, é uma reunião de três coisas: motivação, habilidade e um gatilho. 3) Esteja atento às plataformas emergentes e faça uso delas. 4) Tenha um sistema de identificação apurada, capaz de entender o comportamento do usuário, desenhar a experiência correta pra ele, fazendo a jornada cada vez mais fluida.

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