There is no planeta B
Será que estamos colocando nossos investimentos no lugar certo?
Será que estamos colocando nossos investimentos no lugar certo?
8 de novembro de 2019 - 15h58
Um dos temas constantes em diversas palestras é sobre propósito de marca e a responsabilidade das empresas de ajudar a resolver os grandes problemas do planeta.
A Ikea trouxe a visão que não é mais sobre consumer centric e sim, sobre people centric. Isso significa que não é apenas gerar valor individual, mas expandir a jornada do consumidor para gerar valor individual e coletivo, para a sociedade e para o planeta. E, isso não deve ser apenas para as empresas cumprirem um papel de apoio social. Na verdade, deve ser uma jornada obrigatória, caso elas queiram continuar prosperando em seus negócios.
A geração Z já deixa claro a sua visão antimarcas tradicionais. Para ela, o consumo e as escolhas são feitos baseados no match entre propósito e valores. E isso já é uma realidade quando olhamos o declínio das grandes marcas nos últimos anos.
O propósito tem que ser algo autêntico e real das marcas e não apenas um conceito de posicionamento. A marca tem que realmente abraçar essa identidade e entregar algo de valor para o indivíduo e para o coletivo.
A Accenture, por exemplo, nos instigou a repensar os nossos negócios. Segundo a empresa, ao olharmos para os investimentos que as empresas fazem em propósito de marca, percebemos que apenas storytelling ou inovações sem propósito são contemplados. Isso evidencia o desequilíbrio que existe entre os problemas da nossa sociedade e as iniciativas que estão recebendo investimento. E na verdade, o certo é não ser somente sobre propósito ou sobre tecnologia e inovação, mas sim, sobre o poder de juntar os dois. Infelizmente, poucos fazem essa interseção entre propósito e tecnologia.
E essa mudança de valores no processo de escolha de marcas e serviços não é uma tendência, é algo definitivo e deve se intensificar cada vez mais. O melhor de mudarmos a forma como investimos, é que podemos fazer nossas marcas crescerem, enquanto construímos um planeta melhor.
Veja também
A palavra que nunca foi dita
Entre FOMO, JOMO, enchurrada de buzzwords, legalzices, Aha’s! e as minhas tentativas de onipresença, me dei conta que uma palavra não deu as caras na Altice Arena: “concorrente”
Amigão, faz o simples
Depois disso sim, invente e reinvente para sempre. Posicione cada entrega como um produto. Arrisque, teste, erre, evolua, complique. E simplifique novamente