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“Pessoas continuam sendo a maior inovação”

Coordenador da área de Employee Experience, criada pela Natura há um ano, explica por que até o RH está de olho no Web Summit

Roseani Rocha
8 de novembro de 2019 - 19h00

Um dos profissionais à frente de uma área criada pela Natura há um ano – a de Employee Experience – Rafael Campolina, afirma que o objetivo é aproximar as frentes de Marca Empregadora, Cultura e Jornadas em um mesmo time, tendo o colaborador no centro, o que segundo ele pode parecer óbvio e simples, mas não é, em uma grande organização como a Natura. Por outro lado, ele também descreve seu trabalho de manter as pessoas sempre em primeiro lugar como “um desafio maravilhoso”. Na entrevista a seguir, ele comenta e sua primeira experiência no Web Summit.

 

Meio & Mensagem – Do que você veio em busca?

Rafael Campolina – Minha busca foi justamente pela intensidade do evento, mas escolhi focar em conteúdos multidisciplinares e em pessoas da rede de inovação. Parte das andanças tem a ver também por navegar no ecossistema de startups internacionais para descobrir empreendedores e soluções capazes de acelerar a inovação com o time do Natura Startups para as próximas ambições da organização.

 

M&M – Qual a importância de uma cultura de inovação na sua área especificamente?

Campolina – Pessoas continuam sendo a maior inovação da história. Os profissionais de RH devem estar sempre se perguntando como liderar a construção de contextos que sejam mais aderentes às necessidades das sociedades modernas. Comparecer em fóruns que extrapolam os sistemas e agendas convencionais de gestão de pessoas é essencial. Na Natura, escolhemos o compromisso de manter viva a nossa vocação para inovar. Buscamos potencializar a jornada de transformação organizacional e oferecer uma cultura de inovação em todas as áreas. Por fim, é importante contribuir com o desenvolvimento do ecossistema de HRtechs. O boom dos últimos três anos é contundente e já testamos e aplicamos várias das soluções. Agora, precisamos expandir as alternativas para outras frentes, além do recrutamento e seleção.

 

M&M – Há quem minimize o cenário e quem transmita visões catastróficas sobre empregos que a tecnologia, e particularmente a inteligência artificial, irá tirar das pessoas. Qual sua visão sobre o futuro do trabalho?

Campolina – A tecnologia seguirá substituindo funções, mas não pessoas. Cada indivíduo deve estar no melhor lugar para a sua evolução e autodesenvolvimento. E a tecnologia pode ser o facilitador para levar mais pessoas para esse lugar. A inovação sempre virá das pessoas. E se garantirmos sempre a visão do humano no centro das decisões como empresas e sociedade, podemos juntos reinventar essas relações em novos formatos sustentáveis.

 

M&M – Consultorias costumavam ser o braço direito de grandes empresas, aquele olhar de fora em benefício do negócio. Esse lugar é, hoje, ocupado pelas startups?

Campolina – Existe espaço para todos. As startups apresentam três grandes vantagens no contexto atual: mindset do game changer; formato enxuto, veloz e custo/benefício; e foco em um problema específico para ser uma excelente solução. As consultorias – assim como as agências de comunicação – precisam se reinventar sob diversas perspectivas do seu modelo de negócio. Hoje, ainda ocupam o lugar do “braço direito”, mas podem aproveitar essa vantagem competitiva para entender o contexto e responder às necessidades atuais do que é valor para seus clientes.

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