Na transformação, sobrevive quem se adapta, vai lá e faz
Entre política, dados, marketing, painéis sobre e-sports, influenciadores e startups ficou claro que o Web Summit é, fundamentalmente, sobre pessoas
Entre política, dados, marketing, painéis sobre e-sports, influenciadores e startups ficou claro que o Web Summit é, fundamentalmente, sobre pessoas
8 de novembro de 2019 - 19h32
Essa foi a minha primeira vez no Web Summit. Sabia que Portugal tinha se tornado o berço da inovação e tecnologia na Europa, mas o evento me impressionou. Pelo tamanho, quantidade de pessoas, conteúdo e por ver, na prática, como Lisboa está conectada com o futuro, com a revolução tecnológica, investindo na educação e em startups. Foram dias intensos, dinâmicos e de muita informação, entre cinco pavilhões, diversos espaços de conteúdo e um auditório central gigante. Me surpreendeu e, ao mesmo tempo, fez todo o sentido, como política e privacidade de dados foram assuntos de diversos painéis.
Desde a abertura, com Edward Snowden questionando o uso da tecnologia como ferramenta de abuso e não mais de prestação de serviços pelos governos e empresas, entre Tony Blair comentando o Brexit (que teve três painéis dedicados ao tema), até o encerramento otimista do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, mostrando como é preciso entender a tecnologia como meio e como ferramenta de desenvolvimento com benefícios para a sociedade, necessitando uma regulamentação correta e coerente.
Entre política, dados, marketing, painéis sobre e-sports, influenciadores e startups ficou claro que o Web Summit é, fundamentalmente, sobre pessoas. Sobre comportamento! Sobre como a tecnologia está mudando o consumo, as empresas e marcas. É sobre relações. Entre pessoas, entre pessoas e marcas, entre pessoas e dados, entre pessoas e governo, entre pessoas e privacidade. É sobre a adaptação. A nossa capacidade de adaptação ao novo, à mudança, à evolução.
Neste contexto, foi importante Kristin Lemkau, CMO do J.P. Morgan, dar a sua visão sobre marketing como crescimento e resultado, com capacidade de adaptação às mudanças e Fernando Machado, CMO do Burger King, mostrar como criatividade e resultado podem caminhar juntos quando feitos de forma inovadora e eficiente.
O mundo nunca se moveu tão devagar quanto agora, as oportunidades nunca foram tão grandes. É justamente com este sentimento que volto ao Brasil. Com otimismo, desafios, muito a colocar em prática, mas com a certeza de que a tecnologia é um meio, o conteúdo com contexto e conveniência fazem a diferença, e a minha eterna paixão por histórias e pessoas.
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Depois disso sim, invente e reinvente para sempre. Posicione cada entrega como um produto. Arrisque, teste, erre, evolua, complique. E simplifique novamente