Meio&Mensagem

7 de novembro de 2019 - 20h01

(Crédito: Visual Generation/iStock)

De uns tempos para cá, eventos multitrackers têm sido o formato da vez. Imersão com diversidade simultânea tem resultado em experiências únicas de aprendizado, gerando muitas conexões. No Web Summit, soma-se a isso, a natureza autêntica de Lisboa, onde os moradores da cidade entoam que serão a casa do evento até 2028.

Do Uber, com seus motoristas paquistaneses, indianos, portugueses e brasileiros ao Centre Stage, não existe apatia. Talvez seja este um ponto fundamental para o mercado de comunicação.

As discussões no evento incorporam essa característica. Em painéis de 20 minutos cravados, o rapper Akon, Tony Blair, a campeã do WWE, Becky Lynch, Sir Martin Sorrel e muito mais comunicam suas posições de forma sucinta, e menos ao estilo empreendedor de palco.

Os assuntos não são muito diferentes do que já temos na pauta, mas o evento traz em si a questão central que move o mercado de agências como um todo: como sustentar a relevância da comunicação de marca? Como manter a relevância das agências, onde a relação entre empresas e provedores de tecnologia, dados e realidade virtual está tão próxima.

Talvez, a resposta esteja em contribuir para um novo momento, baseado em algo que nunca pautou as marcas e nem as agências. Algo que está colocando as empresas inovadoras, que emergiram dez anos atrás, no mesmo balaio que marcas centenárias, pois ambas nasceram antes dessa grande demanda social que é a privacidade.

Não sabemos operar muito bem nesse mundo e o que tem acontecido nos últimos anos, com a superexposição nas mídias sociais, não diz muito a respeito do que está por vir. Em um momento singular, de muita tecnologia e inteligência disponível, a contribuição de uma agência com o seu cliente deve ser colaborar para uma comunicação com mais significado.