Publicidade

Qual o seu QI Digital?

No segundo dia do Web Summit, ficou claro que não se discute mais a revolução tecnológica sem se falar de política/influência governamental e de foco em educação


7 de novembro de 2019 - 12h56

(Crédito: Sesame/iStock)

Pelo viés corporativo, Mark Foster da IBM, fala sobre o que ele chama da verdadeira disrupção nas empresas: a incorporação e o uso da “deep technology” (AI, quantum, data, etc.), transformando o núcleo do negócio e não só seu “business skin”. Essa transformação dará origem às cognitive enterprises, mexendo na realidade de todos os trabalhadores e especialmente dos líderes. Todos teremos que entender, de fato, sobre tecnologia. Segundo ele, teremos que deixar de ser somente tech savvy, e passarmos a entender de technology content. É um mundo que exige educação contínua e ininterrupta. Nossas habilidades vão estar sempre sob avaliação porque seu ciclo de vida diminuiu a cada mudança. Além disso, atualmente, leva-se 10 vezes mais tempo para se aprender uma nova habilidade.

Pelo viés social, educação é pedra fundamental quando se fala da transformação de um país através da tecnologia. A Ministra de Inovação e Tecnologia de Ruanda, Paula Ingabire, e o ex-presidente da Eslováquia, Andrej Kiska, vieram contar o que seus países estão fazendo para evoluir nesse aspecto. Além de legislação e investimentos em empresas, ambos concordam que o mais importante para desenvolver um ambiente de inovação é investir em universidades e pesquisa (pois é, parece que estamos na contramão). Inovação precisa de um ecossistema que começa com desenvolvimento de talentos e pessoas. São ideias que atraem investimentos, criando um círculo virtuoso. Eles seguem a cartilha do Vale do Silício e de Israel, por exemplo.

E, finalmente, pelo viés pessoal, são muitos os palestrantes defendendo que desde crianças comecemos a ter uma alfabetização digital. O ritmo de mudança tecnológica no mundo traz um novo jeito de avaliarmos nossa inteligência. Se temos o QI, QE, também já existe o QD (Quociente Digital), e algumas empresas já oferecem cursos e avaliações. Essa proficiência digital se torna vital para sabermos lidar com as mudanças, nossos dados e com todo o impacto social no trabalho. Na palestra Education Beyond the Classroom, a representante da Unesco conseguiu definir de forma clara como devemos começar a pensar educação daqui para frente: “o desafio é como mediamos as crianças para aprenderem não somente a ler e escrever, mas também a programar e ainda a serem alfabetizadas em cultura, pois, num mundo global, aprender, entender e respeitar a diversidade se torna fundamental. Isso tudo combinando professor, apps, sites e P2P aprendizagem. O estudo se tornou fluido e constante.

Então, esqueça seu CV, todas as habilidades que você aprendeu até hoje, o que precisamos sempre é aprender a aprender. Isso não vai mudar.

Publicidade

Compartilhe

  • Temas

  • andrej kiska

  • mark foster

  • paula ingabire

  • ibm

  • unesco

  • alfabetização digital

  • cognitive enterprises

  • deep technology

  • educação

  • influência governamental

  • inovação

  • revolução tecnológica

  • web summit

  • web summit 2019

Patrocínio