Por que profissionais de RH estão no Web Summit
Diretor da Leroy Merlin comenta o interesse da área pelo evento, para decodificar tendências e mapear as alavancas que podem ajudar a acelerar o desenvolvimento de seu capital humano
Diretor da Leroy Merlin comenta o interesse da área pelo evento, para decodificar tendências e mapear as alavancas que podem ajudar a acelerar o desenvolvimento de seu capital humano
Roseani Rocha
7 de novembro de 2019 - 16h58
Parte do grupo francês Adeo, a Leroy Merlin está no Brasil desde 1998. O grupo globalmente tem em torno de 89 mil funcionários. Para lidar com a parte deles que fica no mercado local, de forma a preparar os talentos para o futuro do varejo, a empresa enviou ao Web Summit seu diretor de RH, Weber Niza. Ele, aliás, não é o único, já que outras companhias brasileiras também enviaram profissionais da área ao evento em Lisboa. Assim como a tecnologia está evoluindo e novas soluções têm atraído atenção de profissionais de diversas áreas, o mesmo acontece com a de recursos humanos, com a ascensão das chamadas HRTechs. Na entrevista a seguir, o executivo explica o interesse da Leroy Merlin em especial no summit.
Meio & Mensagem – Por que o Web Summit é um evento importante para a Leroy Merlin?
Weber Niza – Participar do Web Summit contribui para o desenvolvimento contínuo da nossa visão de futuro. Mais do que estar atento, isso significa estar presente e participante, sendo um verdadeiro protagonista na construção do futuro do varejo.
M&M – E o que o diretor de RH, em especial, busca levar deste evento para o dia a dia da companhia no Brasil?
Niza – Particularmente para as áreas de transformação humana, transformação organizacional e cultura organizacional o que buscamos quando participamos desses eventos é captar as melhores práticas, decodificar as tendências mais importantes e mapear as alavancas que podem nos ajudar a acelerar o desenvolvimento dos nossos colaboradores, sempre pensando na melhoria da experiência tanto do colaborar como do cliente.
M&M – Há visões muito pessimistas sobre os efeitos da tecnologia no mercado de trabalho, em particular, por conta do desenvolvimento da inteligência artificial. Qual sua visão a respeito?
Niza – Eu tenho uma visão otimista. De uma maneira geral, devemos estar atentos a colocar o ser humano no centro, sempre… Human first é incontornável, porque a tecnologia é apenas um meio. Por isso sou otimista, acredito que as tecnologias, entre elas a inteligência artificial, são ferramentas que aceleram ou aumentam as capacidades humanas. Sobre postos de trabalho especificamente, acredito que teremos transformações de cargos e papéis, muitos deles se transformarão e outros serão criados, o que devemos fazer enquanto empresa é preparar nossos colaborares para esse novo ecossistema.
M&M – Este é um evento em que a presença de startups é marcante. Qual o papel delas para processos de inovação de uma companhia como a sua?
Niza – Essencial, porque ajudam a desenvolver aplicações que solucionam nossas dores organizacionais. As startups são elementos fundamentais nesse novo ecossistema. A empresa não pode se fechar em si imaginado que conseguirá as melhores respostas sozinha. A capacidade e velocidade de se abrir e de criar conexões fará a diferença entre sucesso e fracasso.
M&M – É mais difícil hoje em dia encontrar talentos adequados a esse mundo em transformação ou estabelecer entre os que já estão na casa há mais tempo uma cultura de inovação?
Niza – Também tenho uma visão otimista sobre o tema. Eu acredito que hoje temos uma situação maravilhosa de explosão de talentos e ideias que se tornam hiper transparentes devido aos fenômenos digitais, então o que resta é que as empresas tenham claro sua proposta de valor ao colaborador e saibam explicar isso ao mercado, se isso acontecer o encontro entre a empresa e os talentos será natural… quanto aos talentos internos a empresa deve ter um processo de fazê-los emergirem e, a partir disso, acompanhar e acelerar seu desenvolvimento.
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