Publicidade

Os CMOs serão extintos?

As perspectivas de como fazemos e vemos algumas funções do marketing são novas, e ainda tem muita coisa por mudar


7 de novembro de 2019 - 12h26

(Crédito: Andrea Dietrich)

Pelo menos como conhecíamos até aqui sim.

Diversas sessões do Web Summit 2019 discutindo o futuro dos CMOs (chief marketing officer). Rolou até brincadeira com aqueles que estão mais de 18 meses no posto, um “marco” em tempos de tanta ‘dança das cadeiras’ dos chefes de marketing. Vale lembrar que no meio desse ano foram anunciadas as saídas dos CMOs relevantes de empresas como McDonald’s, Uber e Johnson & Johson, sem que as vagas sejam repostas.

A questão é: o marketing passa por uma profunda transformação. As competências do profissional do futuro passam pela capacidade de unir growth (foco em crescimento e resultado), a sensibilidade para construir marcas cada vez mais humanas e autênticas e orquestrar novas e diversas ferramentas digitais.

Nesse sentido, novas funções passam a ser integradas as funções de marketing, como tecnologia, vendas e experiência do cliente. Frentes que muitas vezes estão separadas nas organizações e estão ficando cada vez mais difíceis de delimitar as responsabilidades de cada uma delas. Isso não quer dizer que o marketing perde importância nesse contexto, ao contrário, ficou grande demais para ser responsabilidade somente de uma área.

E mesmo as atividades que continuam numa função clássica de marketing, como comunicação, estão sendo totalmente transformadas. Vou pincelar 3 temas que falaram falados para ilustrar algumas das mudanças.

Os novos tempos pedem agilidade, eficiência, contextualização e personalização em escala. A inteligência artificial será uma das principais ferramentas para apoiar nessa transformação, segundo a CMO do JP Morgan. Ela mostrou diversos casos de uso em onde nenhuma análise ou melhoria humana nas peças de campanhas digitais gerou tanto resultado quanto as melhorias sugeridas pela máquina. Melhorias de títulos, de cores, mudança na forma de abordar uma venda, tudo passa por ter um novo olhar, demandando novas habilidades do time.

Outro exemplo debatido em alguns painéis é sobre o tradicional funil de aquisição, conversão e engajamento de clientes, que em muitos casos, até dita a forma como organizamos os times. Nessa divisão de estratégia pelas etapas do funil, como garantir a experiência integrada? A jornada do cliente não é mais linear, ela é cheia de idas e vindas e voltas.

E quando falamos em estratégia de canal, vale resgatar a provocação do fundador do Giphy sobre a mudanças das conversas em redes sociais abertas para conversas mais privadas e em grupos menores em plataformas como WhatsApp e TikTok. Como construir o engajamento de marca em contextos como esse?

Ou seja, são novas perspectivas de como fazemos e vemos algumas das funções do marketing. E tem muita coisa por mudar ainda. Tempos de aprender e reaprender tudo de novo.

Publicidade

Compartilhe

  • Temas

  • giphy

  • johnson & johnson

  • jp morgan chase

  • mcdonald's

  • tiktok

  • uber

  • whatsapp

  • conversão

  • engajamento

  • experiência

  • experiência do cliente

  • ferramentas digitais

  • growth

  • inteligência artificial

  • personalização

  • tecnologia

  • transformação no marketing

  • vendas

Patrocínio