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A presença brasileira no Web Summit

Como o Brasil pode fazer parte de discussões mais relevantes no evento?


7 de novembro de 2019 - 19h57

(Crédito: Sam Barnes/Web Summit/Sportsfile)

Passados três dias do evento, tomei a liberdade de ir diretamente às (minhas) duas principais conclusões do evento até aqui. Porém, antes de passar às conclusões, vale esclarecer que todas elas foram resultado da minha experiência e impressões pessoais a respeito do que vi e vivi durante estes três dias.

Antes de mais nada, respondo à pergunta que mais ouvi de conhecidos que ficaram no Brasil: Sim, o Web Summit vale muito a pena. Apesar de ter o propósito claro de falar sobre tecnologia, os temas que tangenciam tecnologia são muitos. E o evento por meio desses vários assuntos (novas ferramentas e suas funcionalidades, IoT, AI, Robótica Blockchain, geopolítica, novos aplicativos, 5G, SaaS, startups diversas, investimentos, etc) consegue ser relevante a todo tipo de público, do novato ao mais “in” dos engenheiros. Ponto para o Web Summit que se mantém relevante há mais de dez anos!

A segunda e mais importante conclusão, diz respeito à participação do Brasil no evento e a nossa relevância no mundo da tecnologia. Segundo Paddy Cosgrave, a delegação brasileira, se é que podemos chamar assim, é a segunda maior do evento. Somos um público interessado. Além disso, a presença de startups brasileiras se mostrou muito relevante entre as inúmeras que expõem no evento. De modo geral, os desafios propostos eram mais relevantes do que a média e as soluções propostas sempre mais interessantes.

Por outro lado, entre os palestrantes, somos uma verdadeira raridade, infelizmente. Me lembro de ter visto apenas quatro – Fernando Machado, CMO do Burger King, Chris Cyborg, Ronaldo Fenômeno e Ronaldinho Gaúcho, todos excepcionais em sua área de atuação. Mas não poderia o Brasil ser protagonista também nos palcos? Temos um potencial enorme e mesmo assim estamos longe de ter a mesma relevância na expansão da fronteira tecnológica, no comparativo com outros países.

As nossas startups no evento “batem escanteio e correm pra cabecear”, enquanto muitas outras contam com o apoio institucionalizado de seus governos para acelerar – estiveram presentes, inclusive ajudando operacionalmente, aceleradoras da Itália, Suécia, Bahrain, Montreal, Moscou, Qatar, Arábia Saudita, Dinamarca, Portugal, Chipre etc.

Com tanta capacidade e com tanto conhecimento, fica a pergunta: quando e como deixaremos de ser coadjuvantes e passaremos ao protagonismo na área da tecnologia?

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