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Muito mais que uma nova geração

Muita coisa ainda vai mudar, a tecnologia vai transformar a forma como fazemos as coisas. Mas ela não vai mudar quem somos


6 de novembro de 2019 - 17h36

(Crédito: Smartboy10/iStock)

Os dias de Web Summit vão passando, o conhecimento vai sendo ampliado, e as crenças, sendo revistas.

O 5G vem sendo apresentado como a tecnologia que vai revolucionar nossas vidas. Confesso que cheguei a Lisboa bem desatualizado sobre o poder do 5G. Pra mim era apenas a quinta geração da internet móvel. Trocaríamos nossos aparelhos, geraríamos mais lixo e navegaríamos mais rápido. Daria pra baixar episódios do Netflix enquanto descemos no elevador de casa.

O 5g é tido como a tecnologia que vai permitir a quarta revolução industrial. Até então, as três primeiras aumentaram nossa capacidade de exploração do planeta. A quarta nos daria a capacidade de reduzir danos. Já sabemos tirar, agora vamos aprender a devolver. Não basta ser “carbono zero”. Precisamos causar impacto positivo. Será possível produzir gastando menos energia, será possível armazenar utilizando menos recursos, será possível conectar coisas e pessoas de uma maneira nunca imaginada.

O 5G não é um cavalo mais rápido. Ele vai gerar a ruptura que a TV causou no rádio.

Outro ponto muito debatido por aqui é a privacidade dos dados. Quando pensamos na lei de proteção, já estamos pensando na segunda fase da conversa. Quando nos preocupamos apenas com a proteção, estamos concordando com a coleta. Concordamos em ceder, desde que os protejam. Será que não deveríamos ter o direito de nem dividir? Já passou pela sua cabeça que não somos usuários do Facebook, mas sim o produto do Facebook?

Uma reflexão interessante também é perceber como replicamos práticas que funcionam sem julgar se trariam benefícios para o problema que temos na mesa. Trabalhar com base em MVP é uma prática consagrada, mas será que funciona pra tudo? Algumas pessoas garantem que não. Que a ideia do mínimo viável pasteuriza tudo. Que algumas pessoas são motivadas por fazer o incrível. É isso que as tira da cama. Elas não se motivam pelo mínimo viável.

E aqui chegamos ao que é comum em quase todas as palestras: pessoas. Muito se fala em inclusão e diversidade. Confiança e colaboração.

Muita coisa ainda vai mudar, a tecnologia vai transformar a forma como fazemos as coisas. Mas ela não vai mudar quem somos.

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