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Entre ucranianos, CEOs e lutas de boxe

No Web Summit acontece uma intensa troca entre startups


6 de novembro de 2019 - 19h21

O Web Summit de Lisboa é uma festa para todos os sentidos, principalmente para quem expõe a sua solução, a exemplo de uma startup como a nossa, a Simplex. Ao final dos dois primeiros dias desse imenso evento, mal tivemos tempo de participar do congresso, assistir a figuras incríveis como Edward Snowden, o homem que expôs práticas da espionagem digital do governo norte-americano sobre o cidadão comum. Ficamos focados na exposição da nossa startup. E “só” isso já vem sendo uma experiência incrível.

 

(Crédito Cytonn Photography/Unsplash)

O movimento de pessoas é extremamente interessante nesse ambiente. Há curiosos de todas as tribos. Desde CEOs à gerentes de performance, grande parte em busca de ferramentas e soluções para otimizar suas operações. Do universo de pessoas que recebemos em nosso estande, claramente, dois grupos predominaram: potenciais, investidores e clientes — que queriam saber, efetivamente, quais eram as soluções que tínhamos a oferecer e se eram aderentes às tecnologias que usam em suas empresas.

Recebemos também muita gente do Brasil que veio até aqui do outro lado do Atlântico visitar o nosso estande para saber o que fazemos e, eventualmente, propor investimentos. A surpresa maior, contudo, foi o interesse que despertamos junto a varejistas dos países do leste europeu, principalmente da Rússia, Ucrânia e Polônia.

Outra constatação positiva: não percebi qualquer preconceito em relação ao fato de sermos uma startup de um país do outro lado do mundo. O Brasil tem uma tradição em tecnologia consistente e vem ganhando espaço nos mais diversos segmentos, fornecendo soluções para as grandes companhias globais. De forma geral, quem percorre os corredores do Web Summit de Lisboa tem uma mente aberta. Estamos falando de pessoas práticas e agnósticas. Para elas, tecnologia é sempre tecnologia e pode ser comprada de qualquer lugar do mundo.

Entre as startups que expunham, notei uma grande concorrência nos segmentos de esporte – em especial as que baseiam suas soluções em sensores de melhoria de rendimento de corridas – e de health techs. Nesse último caso, há uma área gigante apenas dedicadas a elas.

Por todos os lados que percorremos, há espaços dedicados para o pitch das startups. Em alguns, o tempo disponível para o discurso é curto. Em outros, é possível discorrer sobre as soluções com mais detalhes. O mais engraçado é um ringue de luta de boxe, onde dois concorrentes são posicionados e cada um disputa com o outro os seus argumentos de venda. Ou seja, há uma gameficação generalizada sendo adotada na apresentação dos pitches.

Outra curtição – por sinal, extremamente útil – são os eventos pós-Web Summit. À noite, em happy hours e festas em pontos turísticos da cidade, nos quais cerca de mil pessoas comparecem. É lá que encontramos pessoas na sorte e onde tudo pode acontecer. A exemplo de uma head hunter inglesa que conheci ontem e me disse que, para ela, os contatos feitos nessas festas eram ainda mais preciosos do que os cultivados durante o evento oficial.

E como os nossos anfitriões portugueses têm recebido o Web Summit e seus participantes? Com muito entusiasmo. O evento tem sido um dos pontos altos do turismo da cidade, em franca ascensão.

É por essas e tantas outras razões que faço aqui uma provocação. Está na hora de você, leitor do Meio & Mensagem, já ir preparando as malas e as agendas para a edição de 2020. Espero encontrá-lo por aqui no ano que vem!

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