Data driven x Emotionally driven
Somente ao entender as emoções humanas é possível criar as tão almejadas experiências, que engajam e transformam consumidores em discípulos
Somente ao entender as emoções humanas é possível criar as tão almejadas experiências, que engajam e transformam consumidores em discípulos
6 de novembro de 2019 - 13h49
O WebSummit é um dos principais eventos de tecnologia e inovação da atualidade. No Media Village, espaço reservado para a Imprensa, todos ávidos por novidades, conteúdos e entrevistas sobre o que está por vir: O impacto do 5G no dia a dia das pessoas? Como a Inteligência artificial tornará os negócios mais assertivos? Qual é o futuro do trabalho? Seremos substituídos por robôs? Qual impacto do poder tecnológico na saúde e educação?
É uma mistura de ansiedade, entusiasmo e perplexidade diante de tamanha revolução.
A surpresa é que ao acompanhar o noticiário, ou melhor, todo o conteúdo gerado pelos 2 mil medias inscritos no evento (metade portugueses e metade de todas as partes do mundo) é que nunca se falou tanto de pessoas!!
Desde a abertura magna, todos os principais speakers alertaram sobre o uso dos dados com responsabilidade e ética. Também esteve no holofote a questão humanista dessa nova sociedade baseada em algoritmos. A preservação do meio ambiente e as questões sociais também foram lembradas.
O ecossistema, para usar a palavra da moda, se deu conta que todo arsenal tecnológico disponível atualmente está cada vez mais acessível e, portanto, não se apresenta como diferencial competitivo.
Um exemplo disso é que a inteligência artificial já está aplicada na maioria das soluções apresentadas pelas startups, que se revezam diariamente no evento em busca de clientes e investidores. Embora divididas em três grupos de maturidade – alpha, beta e growth – todas são empresas novas e com recursos escassos. Ora, quem fará a diferença nesse mundo conectado, difuso e, muitas vezes, fake?
Uma das respostas apareceu na Arena Panda, reservada para profissionais de marketing debaterem como chegar ao consumidor: “O futuro dos negócios tem sentimentos”. Não existe e nunca existirá robôs com sentimento. Mas, o contrário já foi constatado. Consumidores estão respondendo a chatbots e até se apegando a eles.
Entender o ser humano parece ser a missão mais difícil das galáxias. As empresas data driven precisam coletar e processar cada vez mais dados, tão e somente para entender os humanos, totalmente emotionally driven. Somente ao entender as emoções humanas é possível criar as tão almejadas experiências, que engajam e transformam consumidores em discípulos.
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Amigão, faz o simples
Depois disso sim, invente e reinvente para sempre. Posicione cada entrega como um produto. Arrisque, teste, erre, evolua, complique. E simplifique novamente