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Salvando o planeta, uma gota por vez

Filho de Will Smith, o jovem Jaden contou como se tornou um ativista engajado pela igualdade de acesso à água e o trabalho que faz na Just Water

Roseani Rocha
5 de novembro de 2019 - 5h43

Jaden Smith tem ajudado, com a criação de sistemas de filtragem, lugares como a cidade de Flint a superar problemas de abastecimento (Crédito: Web Summit)

No Web Summit, tecnologia e inovação são consideradas não somente do ponto de vista do impacto que podem trazer aos negócios e lucros das empresas. E isso ficou claro de saída na edição 2019, quando um dos destaques da abertura do evento foi o jovem Jaden Smith, filho do astro de Hollywood Will Smith, e confundador da 501CTHREE e Just Water. Ele, assim como Gary White, cofundador da Water.org e WaterEquity e Paul O’Callaghan, fundador da Blue Tech Research, participaram do documentário “Brave blue world”, que discute o problema da desigualdade no acesso à água potável e sobre os impactos de uma crise hídrica no mundo.

A conversa com os três foi moderada por Laurie Segall, fundadora e CEO da Dot Dot Dot Media, após um trecho do documentário ter sido apresentado.

Cientista hídrico, Paul O’Callaghan destacou que enquanto muitos preveem guerras pela água, num futuro breve, há inovações que podem ser aplicadas para solucionar o problema e é preciso utilizar a comunicação para tornar essas soluções conhecidas – o documentário foi uma das formas para tal. Isso porque a crise está mais perto do que alguns pensam, comentou, destacando que 70 milhões de pessoas não têm acesso à água e dois bilhões vivem sem saneamento.

Gary White, por sua vez, destacou que não é suficiente que as pessoas estejam cientes dos problemas. Segundo ele, chegamos a um ponto que é preciso atitude. “As pessoas já pagam caro pela água. Conheci uma mulher nas Filipinas que gastava sessenta dólares por mês para comprar água e manter sua família, porque era obrigada a comprar de fornecedores ilegais”, disse White. Ele incentivou o público que lotou a Altice Arena a ajudar a desenvolver soluções, inclusive financeiras e que incluam a participação das populações pobres do mundo apontadas em geral somente como o problema.

Já Jaden, questionado sobre como acabou se tornando um ativista desta causa, contou que água sempre foi um assunto importante para sua vida desde os 11 anos de idade, quando começou a aprender sobre meio ambiente. E depois começou a direcionar seu interesse a questões de saneamento e sustentabilidade. “No fim das contas, todos somos água e viemos da água. Desde jovem, quando eu fazia aulas de surf, tinha uma relação espiritual com água”, pontuou o ainda jovem ativista, afinal, ele tem somente 21 anos.

Foi em uma de suas aulas de surf que viu uma garrafa boiando na água e ouviu o professor contar que havia toneladas de plástico nos oceanos. Já sobre os projetos que sua empresa toca atualmente, ele destacou a instalação de sistemas de filtragem de água para ajudar a população de uma localidades de seu próprio país: a cidade de Flint, no estado do Michigan, que enfrenta problemas de abastecimento.

Sua ideia, posteriormente, é levar o sistema para a África e outras regiões do mundo que sofram com a escassez ou a completa falta de água.

Rigorosos ao extremo com os horários de início e término das palestras, os organizadores do evento cortaram a fala de Jaden Smith no momento em que a moderadora pedia as conclusões dos três debatedores. Ele seria o que concluiria o painel, mas a música de encerramento foi que tomou conta do sistema de som.

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