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O ser humano no centro das discussões tecnológicas

Ética para máquinas, desenvolvimento humanizado e proteção de dados


5 de novembro de 2019 - 12h17

(Crédito: Peterhowell/ iStock)

Mais uma vez, o ser humano passa a ser o centro das discussões dos grandes festivais de inovação e tecnologia. No segundo dia do Web Summit 2019, executivos de grandes empresas como Nokia, Shell, Google, por exemplo, falaram sobre como será o futuro. E não é um futuro logo ali. As empresas estão projetando as novas formas de comportamentos dos consumidores em 2050.

Para Marcos Weldon, presidente da Bell Labs e CTO corporativo da Nokia, a melhoria dos processos da indústria vai trazer mais felicidade para as pessoas. “Hoje, mais de 40% do tráfego digital é gerado por perfis e anúncios falsos. Com a evolução da tecnologia, isso vai cair e as pessoas vão se relacionar mais verdadeiramente”, afirmou ele no palco Future Society, em Lisboa, Portugal.

Os famosos seis graus de separação entre as pessoas, que existiam nos anos 2000, hoje são quatro. O mundo hiperconectado definitivamente aproxima mais as pessoas, e dá às empresas mais dados sobre elas. Para ele, diferentemente do que vivemos hoje, entre o mundo real e o virtual, teremos um terceiro elemento: o mundo biológico.

Esta camada está começando a ser desenvolvida pela coleta de dados de cromossomos e de equipamentos vestíveis (os wearables). E a conversa entre os três universos acontecerá sempre em tempo real. “Proximidade mais produtividade trará mais felicidade para a população”, acreita Weldon.

Ed Daniels, head de estratégia da Shell, também apresenta uma tríade de universos para o futuro: as ilhas digitais, as plataformas abertas e a camada de proteção e armazenamento de dados. “Para evitar um mundo digital fragmentado, as empresas precisariam procurar maneiras de capacitar os indivíduos, devolvendo seus dados. Nesse cenário, as empresas globais enfrentam desafios”, diz ele.

Mais uma vez, a proteção dos dados e o seu uso por empresas foi discutido. E isso aconteceu em todas as palestras que eu assisti nesta manhã em Lisboa, independente do tema ou abordagem. Passei por startups, futuro e carros tecnológicos.

A chefe de decisão em inteligência do Google, Cassie Kozyrkov, é contundente em afirmar que o desenvolvimento de um sistema automatizado eficiente e seguro deve passar pelas pessoas. “Precisa ser objetivo, relevante, bem montado e testado e construído por humanos de forma segura.”

Para ela, a automação por meio de inteligência artificial é apenas uma evolução do que já acontece na história humana. “A história da humanidade é uma história de automação”, afirma Cassie. A mudança agora é que a programação tradicional, guiada por exemplos de uso, passa a ser explicada com exemplos. E esses exemplos geral aprendizado para as máquinas. “Será uma automação além da expressão humana.”

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