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GenZtechs, a nova onda de marcas como Lego

De games a música passando por vídeo, esse público movimenta bilhões de dólares e atrai cada vez mais investidores

Luiz Gustavo Pacete
5 de novembro de 2019 - 12h00

No portfólio da Lego Ventures, estão empresas como Klang, Peppy Pals, Thrively e Monti Kids (Crédito: Reprodução)

Depois dos millennials estarem no centro das atenções de marcas e plataformas, os GenZ, nascidos no fim de 1990 até 2010, se tornaram o foco de muitas marcas e investidores. No entanto, o impacto dos hábitos desses jovens consumidores vai muito além do marketing ou do produto. Ele altera a maneira de se fazer negócio das empresas e passa pelo fluxo de investimentos vindo de fundos e investidores independentes interessados nas GenZtechs, ou seja, startups que ofereçam serviços direcionados a esse público.

O tema esteve presente no Venture Stage, um dos mais de 20 palcos do Web Summit. De acordo com Rob Lowe, head de marketing da Lego, marcas de origem tradicional precisam construir uma relação com esses consumidores praticamente do zero e, neste contexto, surgem oportunidades para empresas que ofereçam soluções e serviços conectados a esse público.

“Essa geração possui uma outra perspectiva sobre experiência, velocidade e dinamismo e ressignificar um produto como Lego, neste contexto, significa mudar sua maneira de agir e desenvolver como marca”, explica. A Lego possui, exatamente com o objetivo de desenvolver soluções que se conectem com esse público, o Lego Ventures, programa que foi criado em 2018 e busca investir em empreendedores, ideias e startups que se encontram na interseção da criatividade e inovação. No portfólio, a iniciativa já possui empresas como Klang, Peppy Pals, Thrively e Monti Kids.

Rob Lowe: “Essa geração possui uma outra perspectiva sobre experiência, velocidade e dinamismo e ressignificar um produto como Lego, neste contexto, significa mudar sua maneira de agir e desenvolver como marca” (Crédito: Reprodução)

Karen McCormick, Chief Investment Officer da Beringea, fundo especializado em startups voltadas ao público jovem, aponta, por exemplo, que os e-sports, ou jogos eletrônicos, aparecem com tanta evidência recentemente por que ilustram exatamente o que os investidores e marcas estão buscando: engajamento, fãs, consumo dinâmico e escalável. “Neste contexto, a indústria do entretenimento tem um papel central, mas para que isso funcione a essência precisa ser outra do ponto de vista e negócios e não apenas de marcas.”

Um dos exemplos mencionados no painel foi do Snapchat que nasceu como um exemplo perfeito de GenZtech, mas em determinado momento de sua estratégia tentou alcançar o mainstream o que, de certa forma não deu certo. “Se você olha para a mídia tradicional e até mesmo o Facebook já não faz sentido para essa geração e no caso do Snapchat a partir do momento que ele tentou acessar um outro público ele se tornou estranho ao seu publico de origem”, sinala Karen.

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