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Lisboa: a hora e vez das startups

A importância dada às grandes empresas de tecnologia, à massiva presença das startups e ao peso da participação de atores políticos e sociais relevantes são os pontos que tornam o Web Summit diferente de outros eventos de tecnologia


30 de outubro de 2019 - 19h04

Web Summit 2018 (Crédito: Reprodução)

Foram convidadas 140 startups brasileiras para o Alpha Program, um programa do Web Summit Lisboa que tem o objetivo de colocar em evidência empresas que usam tecnologia no cerne do seu negócio. Sou sócio de uma delas no evento deste ano e, vou tentar dividir com vocês as minhas impressões iniciais e as expectativas sobre esse megaevento, que se tornou uma referência global.

O Web Summit já tem dez anos e é considerado o maior evento de tecnologia do mundo. Em um tempo em que a tecnologia é onipresente e empresas dos mais variados segmentos se veem à frente do desafio de se reinventarem completamente, para manterem a relevância em um ambiente cada vez mais volátil, incerto, complexo e ambíguo. Ele se diferencia por uma característica crucial: a importância dada às grandes empresas de tecnologia, à massiva presença das startups e ao peso da participação de atores políticos e sociais relevantes. Nunca havia visto um line-up tão equilibrado entre esses três pilares. Faz sentido. Se pensarmos bem, esses três vetores estão cada vez menos dissociáveis.

É curioso notar que early adopters de tecnologia, o mercado financeiro pela sua capacidade de investimentos, e o varejo, pelo peso que o digital já representa no negócio, assim como pela sua necessidade latente de aumentar a rentabilidade, estão sendo representados por startups focadas nesses segmentos e não pelos gigantes que já estão estabelecidos.

Mas voltando os olhos para a programação desta edição do Web Summit, o palestrante principal será Edward Snowden, falando sobre sua história e as motivações que o levaram a expor os Estados Unidos da maneira com que ele fez. Também haverá a palestra do chairman da Huawei, Guo Ping, falando sobre o impacto do 5G na vida das pessoas num ambiente de disputa pela tecnologia dominante.

Teremos também jornalistas investigativos afirmando que o Brexit é ótimo para Inglaterra e o negociador chefe da União Europeia responsável pela negociação do Brexit, Michel Barnier, falando sobre como a Europa vai ficar após a saída de Inglaterra do grupo. Já, “sir” Martin Sorrel discorrerá sobre “Construir o próximo grande império” e sua visão sobre o futuro da comunicação. Haverá ainda, a palestra de Stephen Schwarzan, fundador e CEO da Blackstone, um dos maiores fundos de investimento, que faz a gestão de mais de 500 bilhões de dólares.

Dentro do que será destaque, eu me atrevo a destacar:

Trust: em um mundo cada vez mais “desintermediado”, com novos meios de contato direto com o consumidor surgindo a cada ano (o termo “digital influencer” tem pouco mais de três anos e já está velha), conquistar e manter confiança passa ser uma atividade cotidiana da comunicação e não mais apenas das relações institucionais.

Video First: tudo é vídeo. Instagram e o crescimento do Tik Tok estão subvertendo totalmente a ordem da criação de conteúdo.

E-sports: o crescimento dessa indústria e a possibilidade de negócios dentro das plataformas de jogo.

Áudio: como estar presente na vida do consumidor com o crescimento dos assistentes pessoais por voz.

Martechs: o crescimento do mercado das empresas e das soluções que se baseiam em tecnologia para solucionar e escalar problemas de marketing.

Talvez por vício do segmento em que atuo, preciso dizer que lamento apenas que o evento aconteça no início de novembro, tão perto da Black Friday. Com isso, ele inviabiliza a participação em maior escala do nosso já tão avançado ecossistema de e-commerce brasileiro.

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